Lagartixa-verde
Squamata
Lacertidae
Nativa - Península Ibérica
Residente
Não Avaliado
Lagartixas com o corpo robusto, até 7cm de comprimento, sem contar com a cauda. A cabeça é achatada, os olhos são salientes e o focinho é pontiagudo. A coloração varia com o habitat, entre tons acastanhados até verdes intensos, com manchas negras dispersas, excepto na garganta. O ventre tem fundo branco ou amarelo, por vezes alaranjado. Os machos são geralmente maiores do que as fêmeas, apresentando no dorso manchas escuras sobre fundo claro e, apenas na época de reprodução, o macho mostra um reflexo verde iridiscente no dorso. Ao contrário das fêmeas, os machos possuem poros femorais bem desenvolvidos nas virilhas. As fêmeas são acastanhadas, com duas linhas laterais típicas no dorso de cor branca, creme ou verde, ladeadas por bandas mais escuras de contornos irregulares. Os juvenis são semelhantes aos adultos.
Esta lagartixa encontra-se activa durante todo o ano desde que as temperaturas sejam superiores a 13ºC, tendo um período máximo de actividade na Primavera, ocorrendo o acasalamento entre Fevereiro e Abril. É uma espécie ovípara, nascendo as crias entre Junho e Setembro. As lagartixas-verdes raramente ultrapassam os 3 anos de vida. Possuem uma dieta insectívora e são predadas por répteis (e.g., sardão e víbora-cornuda), mamíferos (e.g., sacarrabos e gineta) e aves (e.g., pega-rabuda e peneireiro-vulgar). Como defesa soltam parte da cauda que continua a movimentar-se, distraindo assim os predadores, o que permite a fuga das lagartixas.
Planícies, planaltos, zonas abertas, galerias ribeirinhas e áreas agrícolas e urbanizadas, em amontoados de pedras, muros e outros substratos rochosos, utilizando frequentemente fissuras em rochas e nas construções e gretas das cascas de árvores.
Distribui-se por Portugal e Espanha, sendo que em Portugal pode ser encontrada por todo o território continental, excepto a norte do rio Douro.
O epíteto virescens vem do latim e significa "ficar verde", sendo alusivo aos machos na época de reprodução. Esta espécie só existe na Península Ibérica (endemismo Ibérico). Observa-se frequentemente no campus da FCT, junto a muros e pedras, excepto nos meses mais frios do ano.