Morcego-pigmeu
Chiroptera
Vespertilionidae
Nativa - Europa
Residente
Pouco Preocupante
Espécie muito semelhante morfologicamente e ecologicamente ao P. pipistrellus, sendo que apenas recentemente, no início da década de 2000, foram consideradas duas espécies diferentes. O morcego-pigmeu distingue-se do morcego-anão (P. pipistrellus) por pequenas diferenças na dentição, venação das asas, fossas nasais, glândulas salivares e coloração da glande. O corpo mede cerca de 4.3cm e a causa mede cerca de 2.9cm. A pelagem é castanho-avermelhado, variando no tom, enquanto que os indivíduos jovens são mais escuros e acinzentados.
Alimentam-se essencialmente de insectos aquáticos, sendo a distância a habitats ripícolas um factor importante na selecção dos abrigos de maternidade. As colónias podem ter centenas ou milhares de indivíduos. Os morcegos comunicam através de ecolocalização e, através de gravadores de ultra-sons, é possível distinguir espécies muito semelhantes morfologicamente e ecologicamente: P. pygmaeus emite ultrasons na ordem dos 55 kHz (entre 50 kHz e 60 kHz), enquanto que P. pipistrellus emite na ordem dos 46 kHz (entre 42kHz e 48kHz).
Nidifica preferencialmente em fendas de paredes, sótãos e telhados de edifícios, mas pode também utilizar árvores, caixas-abrigo, pontes e fendas nas rochas. Alimenta-se essencialmente em zonas húmidas e áreas urbanas.
Em Portugal distribui-se por todo o território continental, sendo a espécie de morcegos mais abundante do país. Globalmente distribui-se pela região paleárctica ocidental, com algumas dúvidas devido à sua recente separação filogenética de P. Pipistrellus.
Ao contrário do que se pensa, estes morcegos não são cegos. Apesar de perceberem o ambiente através da ecolocalização, também utilizam o sentido da visão, apesar de que rudimentar.