Morcego-anão
Chiroptera
Vespertilionidae
Nativa - Região Paleárctica
Residente
Pouco Preocupante
É o morcego mais pequeno da Europa, juntamente com o P. pygmaeus, medindo cerca de 7cm, cauda incluída, e pesando cerca de 6g. A pelagem é castanho-avermelhada, podendo ter várias tonalidades; os juvenis são mais escuros e acizentados. O focinho, as orelhas e as membranas alares são castanho-escuras. As orelhas são relativamente pequenas e ligeiramente arredondadas nas extremidades. As patas posteriores e a membrana caudal são desprovidas de pêlos. Muito semelhante ao P. pygmaeus, também existente no campus da FCT, é possível distingui-los recorrendo a pequenas diferenças na dentição, venação das asas, fossas nasais, glândulas salivares e coloração da glande.
É o morcego mais comum em zonas urbanas. É nocturno e sedentário, e hiberna no Inverno. O voo é rápido e irregular e alimenta-se de insectos, que são atraídos pela iluminação urbana. As fêmeas são mais gregárias durante o período de reprodução enquanto que os machos são solitários, defendendo os territórios nas imediações dos abrigos. Têm uma a duas crias por ninhada, uma vez por ano e as maternidades podem ir até vários milhares de indivíduos. A principal causa de mortalidade é o uso de pesticidas. Os morcegos comunicam através de ecolocalização e, através de gravadores de ultra-sons, é possível distinguir espécies muito semelhantes morfologicamente e ecologicamente, como é o caso dos P. pipistrellus e P. pygmaeus, em que o primeiro emite ultrasons na ordem dos 46 kHz (entre 42 kHz e 48 kHz) e o último na ordem dos 55 kHz (entre 50 kHz e 60 kHz).
Este morcego nidifica em edifícios, pontes, fissuras e ocasionalmente em minas, grutas e debaixo de casca de árvores. Alimenta-se em zonas urbanas, zonas de floresta de caducifólias e ripícolas, áreas agrícolas, bosques, florestas de resinosas e galerias ripícolas.
Em Portugal distribui-se por todo o território continental, de forma fragmentada. A nível mundial é possível encontrar esta espécie na região Paleárctica.
Ao contrário do que se pensa, estes morcegos não são cegos. Apesar de perceberem o ambiente através da ecolocalização, podem também utilizar o sentido da visão, embora de forma rudimentar.