Coruja-das-torres
Strigiformes
Tytonidae
Nativa - distribuição cosmopolita
Residente
Pouco Preocupante
Ave de médio porte, com aproximadamente 35cm de comprimento. A face branca e achatada, em forma de coração, é característica, com um anel de penas castanhas a toda a volta. A parte inferior do corpo é branca ou castanho-amarelada com algumas manchas, enquanto que o dorso e a parte de trás da cabeça possuem tons castanhos, laranjas e/ou cinzentos, com pintas escuras. Os machos tendem a ser mais brancos do que as fêmeas. Os olhos são pretos, e as linhas lacrimais ligam os olhos ao bico. A cauda é curta e as pernas são longas.
Espécie nocturna, sedentária e monogâmica, sendo que os casais geralmente permanecem juntos até um dos dois morrer. Os indivíduos são solitários e territoriais. Alimentam-se essencialmente de roedores mas também podem predar invertebrados, aves, lagartos, anfíbios, peixes e morcegos. Têm uma ninhada por ano, mais raramente duas ou três, cujos ovos são brancos. Devido à sua baixa longevidade (dois anos em média) muitos indivíduos procriam apenas uma vez na vida. Podem-se reproduzir a qualquer altura do ano, dependendo da alimentação disponível. Têm como potenciais predadores de ovos, juvenis e adultos, algumas espécies de mustelídeos, gatos-domésticos, humanos, répteis e aves de rapina. A coruja-das-torres é, das espécies de aves já testadas, a que possui maior precisão em localizar presas através do som, devido à localização assimétrica das suas orelhas.
Pastagens, terrenos agrícolas, montados poucos densos, margens de valas de drenagem, rios e sebes desde que tenha zonas de pastagem, zonas urbanas e suburbanas. Evita florestas, particularmente de resinosas. Nidifica em cavernas, quintas, telhados, prédios, torres de igrejas, celeiros, ruínas, moinhos, cavidades nas árvores ou em edifícios, fendas nas rochas e em pedreiras.
Espécie com distribuição cosmopolita.
Mundialmente, são reconhecidas 36 sub-espécies de Tyto alba. É comum as pessoas assustarem-se em casa, quando sozinhas, com o que parece ser o respirar profundo ou ressonar de uma outra pessoa na mesma divisão; estes sons são geralmente produzidos por corujas-da-torre que fizeram ninho no telhado ou no sótão da casa. As vocalizações, o branco da parte inferior do corpo e o facto de não fazerem barulho ao voar, deram origem a vários mitos e relatos de pessoas que dizem ter visto fantasmas à noite, principalmente junto a cemitérios. As egagrópilas regurgitadas pelas corujas-das-torres são frequentemente utilizadas em estudos de presença e distribuição de micromamíferos, por conterem ossos não digeridos destes, que são as suas principais presas.