Melro-preto
Passeriformes
Turdidae
Nativa - Europa, norte de África e sul da Ásia
Residente
Pouco Preocupante
Pássaros com cerca de 25cm de comprimento. O bico, a cauda e as patas são relativamente compridos. Os machos têm a plumagem preta, com o bico e o anel orbital de cor amarelo ou laranja vibrante. As fêmeas são acastanhadas com algumas manchas e a garganta ligeiramente mais clara; o bico e o anel orbital são mais escuros do que nos machos, entre o amarelo e o castanho. Os juvenis são semelhante às fêmeas, mas mais sarapintados.
Espécie territorial e monogâmica. Os casais mantêm-se juntos de ano para ano, até que um dos dois morra. Os melros possuem uma alimentação omnívora, composta por insectos, minhocas, caracóis, aranhas, bagas e drupas. Os machos que possuem o bico mais laranja são os mais actractivos para as fêmeas, pois indicam melhor capacidade de arranjar alimento; a coloração dos bicos provém do tipo e quantidade de carotenóides que os machos conseguem obter nos alimentos. Os ninhos são geralmente construídos na base mais larga das árvores. Fazem duas a três posturas por ano, sendo os ovos azul-claro com manchas avermelhadas. Têm como principais predadores o gato-doméstico, raposas, rapinas e corvídeos.
Bosques, matagais, florestas, campos abertos, zonas de cultivo, galerias ripícolas, e parques e jardins em zonas urbanas.
Distribui-se pela Europa, norte de África, Ásia, Austrália, Tasmânia e Nova Zelândia. Em Portugal pode ser encontrado por todo o território continental.
Os machos cantam geralmente a partir de Fevereiro / Março para defender territórios e atrair fêmeas. Quando começam a cantar mais cedo, é sinónimo de que o tempo está mais quente e seco, com menos chuvas e piores colheitas. Este facto deu origem ao ditado "quando o melro canta em Janeiro, é tempo de sequeiro o ano inteiro".