Gaivota-d'asa-escura
Charadriiformes
Laridae
Nativa - distribuição mundial alargada
Residente-Invernante
Vulnerável
Gaivotas de grande porte, com cerca de 55cm de comprimento. O dorso é cinzento-escuro, e as pontas das asas são pretas com manchas brancas na extremidade. A cabeça é branca e o bico é amarelo, com uma mancha vermelha na mandíbula inferior. Os olhos são amarelos com um anel à volta de cor vermelha. O peito é branco e as patas são amarelo-pálido. Em plumagem de Inverno apresentam estrias bem marcadas de cor acastanhada ao longo da cabeça, pescoço e peito. Os indivíduos imaturos são acastanhados com o bico preto, confundindo-se com os de outras espécies de gaivota.
Espécie gregária, podendo formar colónias de tamanhos consideráveis, sendo no entanto territoriais dentro das colónias. É comum avistar indivíduos desta espécie no seio de colónias de Gaivota-argêntea (Larus michahellis), e a hibridação entre as espécies é provável. Possuem uma dieta oportunista, alimentando-se daquilo que conseguir, muitas vezes em aterros sanitários e saídas de esgotos: peixe, crustáceos, invertebrados aquáticos, crias e ovos de aves, matéria vegetal, roedores, desperdícios e resíduos humanos. É comum roubarem o alimento a indivíduos da mesma espécie ou de outras espécies. Fazem uma postura por ano, sendo os ovos cor-de-azeitona com manchas escuras. Os ninhos são construídos no solo recorrendo a algas, ervas e outros tipos de matéria vegetal.
Ilhas, estuários, orla costeira, praias, lagoas costeiras, barragens, açudes, portos de pesca, rios, albufeiras, pisciculturas, salinas, arrozais, estações de tratamento de águas residuais, terrenos alagados, lixeiras, terrenos lavrados e zonas urbanas.
Distribui-se pela Região Paleárctica. Em Portugal pode ser avistada por todo o território continental, sendo mais comum no litoral.
É a gaivota mais comum entre gaivotas portuguesas durante o Inverno, quando chegam aves migradoras do norte da Europa, sendo uma presença constante em quase todas as zonas húmidas do litoral português.