Andorinha-das-chaminés
Passeriformes
Hirundinidae
Nativa - distribuição mundial alargada
Estival
Pouco Preocupante
Andorinhas pequenas, com cerca de 18cm de comprimento. A cauda é comprida e profundamente bifurcada, com as guias caudais muito longas. Com a cauda aberta, por exemplo em voo, é possível visualizar uma fila de manchas brancas. A cabeça é azul-escura e a testa e a garganta são ruivas. Possuem uma banda peitoral azul-escura e as partes inferiores têm tons claros. O dorso e as partes superiores das asas são azul-escuro metalizadas; estas são curvas e pontiagudas. Os olhos são pretos e o bico é pequeno, fino e preto. As patas são curtas de cor preta, cobertas com penugem branca. Os juvenis são acastanhados e pálidos, não possuindo as longas guias caudais dos adultos.
Espécie gregária e migratória, forma bandos de tamanhos consideráveis. Estas andorinhas são geralmente avistadas em estruturas elevadas e fios eléctricos. Alimentam-se de insectos, capturando as presas em voos rápidos, rasantes e acrobáticos e geralmente alimentam as crias também em voo. Nos machos, o comprimento e a simetria das guias caudais encontra-se associado ao seu êxito reprodutor, pois são geralmente indivíduos mais saudáveis e assim seleccionados pelas fêmeas. Os ninhos são construídos em edifícios, pontes, beirais de casas antigas, docas e até comboios que se deslocam lentamente, demonstrando a sua adaptação à presença humana; poderão também construí-los em zonas rochosas. Têm duas a três ninhadas por ano, cujos ovos são brancos, sarapintados de vermelho. Podem ser predadas por diversas espécies entre rapinas diurnas e nocturnas, gaivotas, morcegos predadores, mustelídeos, gatos e até formigas-de-fogo.
Campos abertos com vegetação baixa, zonas húmidas como lagoas, barragens, açudes, charcos, valas de irrigação, campos inundados e zonas humanizadas, incluindo cidades.
Espécie cosmopolita, tanto em Portugal como a nível mundial.
É uma das primeiras espécies estivais a chegar a Portugal, personificando a Primavera.