Vespa-do-barro
Hymenoptera
Sphecidae
Exótica - América Central e do Norte
Não Avaliado
Vespas de cor preta, até 25mm de comprimento, sendo as fêmeas maiores do que os machos. Possuem manchas amarelas pelo corpo, cuja localização varia com o indivíduo, mas geralmente encontram-se na base das antenas, nos lados do tórax, na base do abdómen ao pé da 'cintura' e nas pernas. A 'cintura' é bastante comprida e estreita. As asas são acastanhadas. Os ninhos, com forma rectangular, são feitos de lama e constituídos por várias células. Os ovos são cremes ou esbranquiçados, muito pequenos, e as larvas começam por ser cremes, tornando-se amarelas com o desenvolvimento. As pupas, já semelhantes aos adultos, são amarelas e os casulos são acastanhados.
Vespas solitárias e diurnas. Nos trópicos possuem actividade durante o ano todo, enquanto que nas regiões temperadas estão mais activas durante a primavera e o verão. Após o acasalamento, as fêmeas iniciam a construção do ninho recorrendo a lama. Com a construção da primeira célula do ninho, começam a caçar aranhas, paralisando-as sem as matar (preferencialmente da família Araenidae) para alimentar as larvas. Cada célula do ninho é preenchida pelas aranhas paralisadas, podendo chegar a 25 aranhas por célula. As fêmeas colocam um ovo numa das aranhas da célula e posteriormente fecham a célula com mais lama, iniciando-se o processo de construção da célula seguinte. Quando eclodem, as larvas alimentam-se das aranhas disponíveis na célula, pupando de seguida. Os adultos alimentam-se do néctar de plantas e da hemolinfa destas aranhas. Existem diversos parasitas e parasitóides que atacam os ninhos, os estágios imaturos e os próprios adultos.
Geralmente constroem os ninhos em estruturas humanas, como pontes e edifícios, mas também podem utiizar o rebordo de zonas rochosas, penhascos e buracos de árvores. Os adultos são geralmente avistados ao pé de flores e poças em busca de lama.
Devido a introduções acidentais em vários países, actualmente pode ser encontrada em quase todo o mundo. Em Portugal, distribui-se de norte a sul do país.
Esta espécie foi avistada pela primeira vez em Portugal nos anos 70. Pensa-se que a sua introdução na Europa terá sido acidental com animais vindos em navios cargueiros. As fêmeas podem construir os ninhos em locais tão singulares como motores de carros e aviões, podendo provocar problemas sérios em dispositivos mecânicos e mesmo acidentes aéreos. Estas vespas são bastante dóceis e raramente picam seres humanos. Quando o fazem, praticamente não há dor nem inchaço pois o veneno destas vespas está formulado para paralisar as aranhas e não para auto-defesa.