Vespa-do-papel
Hymenoptera
Vespidae
Nativas
Não Avaliado
Vespas pretas com manchas amarelas, de corpo alongado e delgado. O tamanho varia entre os 11mm e os 25mm de comprimento. As antenas são alaranjadas, facilitando a distinção deste género de outros géneros de vespas. As patas são amarelas, podendo apresentar uma tonalidade mais alaranjada nas extremidades. As asas são membranosas e acastanhadas, formando um "V" quando em repouso. Estas vespas são facilmente reconhecíveis em voo pelas longas pernas penduradas que balançam por baixo do corpo, ao invés de irem recolhidas junto ao mesmo. Os machos têm a face completamente amarela e as antenas curvadas nas pontas. Os ninhos, pequenos e semelhantes a colmeias sem revestimento protector, são construídos com fibras vegetais mastigadas e misturadas com saliva, resultando numa pasta de papel. Ficam suspensos na vertical através de um pedúnculo delgado, com a abertura das células para baixo e os discos orientados horizontalmente.
Vespas sociais, em que algumas espécies são parasitas dos ninhos de outras espécies do mesmo género. Fazem os ninhos em estruturas horizontais, em locais fechados nas zonas mais frias da sua distribuição e ao ar livre nas zonas mais quentes. Podem ser construídos em contentores, canos, edifícios, beirais, ramos, etc. e também na vegetação. Espécies essencialmente carnívoras, podem consumir grandes quantidades de lagartas (larvas de lepidópteros) e outros pequenos invertebrados, mas também se alimentam de nectar, sendo importantes auxiliares na polinização. Os ninhos são construídos por uma ou poucas vespas fundadoras fecundadas, que depositam os ovos nas células do ninho. Os ovos são protegidos pelas vespas fundadoras ou vespas assistentes, se já existirem. Quando as larvas eclodem, são alimentadas regularmente pelas vespas adultas. Estas novas vespas são todas fêmeas e potencialmente reprodutoras, mas subordinadas à(s) vespa(s) fundadora(s), auxiliando nas tarefas do vespeiro. Caso já existissem vespas assistentes no vespeiro quando nascem as novas vespas, estas são expulsas do ninho ou mortas pela(s) vespa(s) fundadora(s). As vespas que abandonam o ninho tornam-se fundadoras e podem iniciar a construção de um ninho ou podem tentar roubar o ninho a outras vespas, resultando em comportamentos agressivos e de bastante violência. Para os humanos, geralmente não são agressivas a menos que sejam provocadas. Contudo, a picada pode ser bastante dolorosa e provocar uma reacção anafilática em pessoas mais sensíveis, pelo que é recomendada prudência no manuseio destas espécies e seus ninhos. São parasitadas por insectos endoparasitas (e.g. Xenos vesparum) que podem provocar alterações no comportamento dos hospedeiros.
Habitam zonas quentes e secas incluíndo florestas, matos, bosques, zonas agrícolas e parques e jardins de zonas urbanas e sub-urbanas.
Género cosmopolita, inclui para cima de 220 espécies que podem ser encontradas pelo mundo inteiro. Na Europa ocorrem 10 e em Portugal ocorrem quatro que podem ser avistadas de norte a sul do país.
Existem diversas espécies de insectos que só conseguem ser identificadas recorrendo a caracteres morfológicos muito pequenos ou mesmo ao DNA. O género Polistes aqui representado possui espécies morfologicamente muito semelhantes entre si, nomeadamente as que existem em Portugal: P. dominula, P. nimpha, P. semenowi e P. gallicus. Devido à dificuldade de distinguir estas espécies a olho nú no seu habitat natural, optou-se por fazer uma ficha descritiva do Género Polistes. Polistes spp. significa que estão a ser descritas várias espécies, ao contrário de 'sp.' que significa apenas uma espécie. As fotos que acompanham esta ficha podem representar mais do que uma espécie, devido à dificuldade de identificar as espécies através de fotografias.