Borboleta-da-couve
Lepidoptera
Pieridae
Nativa - Região Paleártica
Não Avaliado
Borboleta relativamente pequena, com uma envergardura de asas que pode ir dos 55 aos 70mm, sendo as fêmeas maiores do que os machos. O corpo é de cor escura, as asas anteriores são esbranquiçadas com as pontas negras e as asas posteriores são esverdeadas, salpicadas de escamas negras na face inferior. As fêmeas possuem duas manchas negras em cada asa anterior, enquanto que os machos não possuem essas manchas. Ambos os sexos possuem uma mancha negra no bordo anterior de cada asa posterior. As larvas assim que eclodem são amarelas com a cabeça escura brilhante, tornando-se verde-amareladas com manchas negras, linhas amarelas por todo o corpo e numerosas cerdas. Os ovos são alongados, estriados e amarelos, tornando-se alaranjados antes da eclosão. As pupas (crisálidas) são verde-amareladas, com manchas amarelas e pretas, geralmente encontradas sobre troncos, cercas, beirais de edifícios, etc.
Borboletas de hábitos diurnos. O acasalamento dá-se em voo, nas horas de maior calor. As fêmeas depositam os ovos agrupados na parte inferior das folhas de várias espécies de couves e nabos, das quais as lagartas se vão alimentar. Estas vivem inicialmente em numerosas colónias onde consomem apenas a epiderme da folha mas, após a segunda muda, alastram para grupos mais pequenos onde irão consumir vorazmente toda a folha. Os adultos alimentam-se do néctar de várias plantas. Esta espécie tem até cinco gerações por ano e pode fazer migrações em massa.
Falésias, clareiras florestais, campos de cultivo, pradarias, hortas, terrenos abertos, baldios, parques e jardins.
A borboleta-das-couves pode ter impactos bastante negativos nas hortas mas, dado o instinto gregário que estas borboletas manifestam, os estragos podem ser localizados, devorando plantas inteiras, sem afectar as vizinhas. Outro tipo de estrago indirecto, é a grande quantidade de excrementos que produzem e que com a chuva e o orvalho são arrastados e se acumulam no coração da planta, tornando-a incomercializável. Existem dois inimigos naturais utilizados em controlo biológico: Cotesia glomerata e Pteromalus puparum, parasitóides capazes de matar até 100% das larvas nos estádios iniciais.
Distribui-se pela Europa, norte de África, África do Sul, Ásia, Nova Zelândia e Chile. Em Portugal, pode ser encontrada por todo o território continental.