Libélula-preta-pequena
Odonata
Libellulidae
Nativa - sudoeste da Península Ibérica, norte de África e África tropical, Turquia e Ásia temperada
Pouco Preocupante
Libélula de tamanho reduzido, com um comprimento que pode ir dos 25mm aos 34mm, sendo a libélula mais pequena de Portugal continental. O macho tem o corpo negro, assim como as nervuras e as manchas basais das asas, e os olhos preto-arroxeados. As fêmeas são amareladas e/ou acastanhadas, com manchas negras no abdómen que podem desaparecer com a maturação. Os machos imaturos são semelhantes às fêmeas.
Os machos, mais fáceis de observar, são frequentemente encontrados pousados sobre a vegetação com as asas para a frente e defendem vigorosamente o território. Nas horas mais quentes do dia, podem adoptar uma posição vertical, fazendo lembrar um obelisco. As larvas são aquáticas e alimentam-se de diversas presas aquáticas, desde invertebrados a pequenos peixes. Os adultos alimentam-se de insectos, aglomerando-se onde estes são abundantes. Os casais acasalam em voo, numa formação chamada de tandem, onde os machos agarram as fêmeas pela cabeça com a extremidade do seu abdómen. Após a cópula, os machos largam as fêmeas e estas depositam os ovos dentro de água, mergulhando repetidamente o abdómen, mas podem depositá-los também à superfície da mesma ou sobre vegetação flutuante.
Habitats lênticos com vegetação nas margens, maioritariamente charcos, lagos e lagoas, frequentando também pântanos, barragens e ribeiros com pouca corrente e bastante vegetação.
Distribui-se pela Eurásia e África. Em Portugal continental pode ser encontrada na Beira Baixa, litoral centro e sul, Baixo Alentejo e no Algarve.
É a única espécie do género Diplacodes que existe na Europa, das 11 espécies conhecidas a nível mundial.