Abelha-do-mel
Hymenoptera
Apidae
Nativa - Europa, África e Médio Oriente
Residente
Não Avaliado
Insecto alado com dois pares de asas membranosas e cabeça, tórax e abdómen bem diferenciados. A cabeça e o tórax são castanho-escuros ou arruivados e o abdómen é castanho-escuro com faixas transversais amarelas. O tórax está coberto de pelos, de onde saem três pares de patas castanho-escuras a pretas; o terceiro par de patas tem estruturas adaptadas à recolha de pólen. Os olhos são compostos, e estão situados na parte lateral da cabeça, sendo maiores nos machos do que as fêmeas. Em cada ninho existem diferentes castas de abelhas: fêmeas obreiras estéreis, fêmeas rainhas férteis e machos. As obreiras atingim 15mm, as rainhas 20mm e os machos 17mm, sendo estes mais gordos do que as fêmeas. Apesar de mais pequenas, as obreiras possuem as asas mais compridas do que os machos. Apenas as fêmeas possuem um ferrão com veneno no abdómen.
Espécie diurna, ou seja, as abelhas procuram alimento durante o dia mas mantêm actividade contínua dentro da colmeia. Alimentam-se de pólen, néctar e mel, sendo uma importante espécie polinizadora. As colmeias são geralmente construídas em árvores ou pequenas cavidades. Em cada colmeia existe apenas uma rainha, onde as restantes fêmeas são estéreis e as responsáveis por todo o trabalho existente na colónia. Os machos acasalam com as rainhas e morrem dentro de horas ou dias, não chegando ao Inverno. As abelhas passam por 4 estádios de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. Os ovos fertilizados originam fêmeas e a alimentação fornecida a estas larvas é o que vai definir se se desenvolvem para obreiras ou rainhas. Os ovos não fertilizados originam machos. É a rainha que controla quais os ovos que são ou não fertilizados, alterando este rácio como resposta a eventuais problemas na colónia. Numa colónia sem rainha, as obreiras podem começar a produzir ovos estéreis, originando assim machos. As abelhas comunicam entre si através de sinais químicos e cada colmeia tem uma assinatura química própria, distinguindo assim indivíduos de colmeias diferentes. Quando determinadas obreiras encontram alimento em abundância, voltam ao ninho e fazem uma "dança" para as restantes abelhas, indicando essa descoberta, assim como a direcção e a distância a que se encontra o alimento.
Habitats abertos com abundância de flores, como prados, áreas arborizadas abertas e jardins.
Hoje em dia a abelha-do-mel é utilizada em apicultura por todo o mundo, tendo sido introduzida para este fim em diversos países. Em Portugal, pode ser encontrada por todo o território continental.
Todas as fêmeas possuem um ferrão no abdómen, que consistem em estruturas ovipositoras modificadas com glândulas de veneno. Contudo, apenas os das obreiras possuem farpas ligadas aos sacos de veneno e, quando picam, os saco ficam presos e são arrancados do corpo das obreiras, acabando estas por morrer em seguida. Esta espécie foi domesticada no mundo inteiro pelos apicultores. Existem diversos produtos produzidos a partir da actividade das abelhas utilizados na alimentação e actividades humanas, entre os quais, mel, pólen, própolis, cera, geleia real, etc.